Gestão

O que é gestão comportamental? Compensa aplicar em minha empresa?

Entenda este conceito e saiba se é uma boa pedida para o seu negócio.

Se você não sabe o que é gestão comportamental, saiba que pode estar deixando de lado um conceito capaz de revolucionar a forma de gerenciar sua equipe, o que, consequentemente, tem o potencial de ser a chave entre a geração de resultados fantásticos e um desempenho aquém de suas forças.

Embora não seja tão comum nos processos de gestão, sua aplicação tem grandes chances de elevar sua empresa a outro patamar, além de ajudar no estabelecimento de uma cultura sólida e que continuará a render bons frutos durante bastante tempo.

De acordo com um estudo da ReportLinker, estima-se que o valor de mercado global da gestão de recursos humanos atinja US$ 30,01 bilhões em 2025, registrando uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 11% entre 2019 e 2025, e a gestão comportamental deve ser responsável por parte deste valor.

Continue conosco para conhecer este conceito transformador e que você provavelmente terá o desejo de implantar em sua empresa, dados os benefícios que pode proporcionar.

O que é gestão comportamental?

É a aplicação de uma abordagem mais humana e próxima na gestão de pessoas, que leva em consideração as características comportamentais de cada um deles, a qualidade do relacionamento entre a equipe e o bem-estar do time como um todo.

Ao invés de simplesmente delegar tarefas e exigir que elas sejam concluídas, a gestão comportamental ajuda a criar condições que mantenham os colaboradores satisfeitos e motivados. Aqui, fatores psicológicos e sociais pesam mais que as finanças, embora sua aplicação tenda a influenciar positivamente no faturamento.

Quando se pensa em gestão de pessoas nas empresas, é fato que algumas dessas características são levadas em consideração, porém não com tanta profundidade, já que não possuem um lugar de destaque.

O objetivo é o de fazer com que o relacionamento seja saudável e de que as pessoas se sintam bem, mas dá-se um grande destaque para as habilidades e competências, enquanto o comportamento fica em segundo plano.

Acontece que a forma com a qual um colaborador se comporta influencia diretamente em seu trabalho e no restante da equipe. Ao pensar que isso também se aplica a todos os demais profissionais, a importância da gestão comportamental torna-se ainda mais evidente.

Pense, por exemplo, em um gestor de pessoas. Além de seus conhecimentos técnicos e práticos, que são super importantes, ele também deve saber lidar com a ansiedade, o nervosismo e a carga emocional dos colaboradores para que tenha um bom desempenho.

Caso não consiga controlar a parte comportamental, pode ser que não obtenha o êxito que suas habilidades e competências o permitiriam, o que, por consequência, coloca em xeque seu desempenho e até mesmo a continuidade de sua carreira profissional.

Neste caso, o mesmo profissional poderia ser delegado a outras funções, como gestão de projetos ou gestão financeira, por exemplo, desde que suas experiências o capacitem para tal. Assim, ele seria melhor aproveitado, o que é benéfico tanto para a companhia quanto para ele próprio.

A gestão comportamental deve levar as soft skills também em consideração, habilidades que não podem ser mensuradas diretamente (trabalho em equipe, oratória, comunicação verbal, flexibilidade, criatividade e afins), mas são indispensáveis para um bom trabalho.

Quando nasceu a gestão comportamental?

A abordagem parece ser bastante atual, já que foca no bem-estar e na qualidade de relacionamentos entre as pessoas, dois fatores de grande peso em nossa sociedade, mas suas origens datam de várias décadas.

A experiência de Hawthorne, feita em 1927 pelo Conselho Nacional de Pesquisas dos Estados Unidos, teve como objetivo analisar qual era a relação entre a intensidade da iluminação no ambiente e a eficiência dos operários da Western Electric Company, em Chicago.

Coordenada pelo psicólogo Elton Mayo e por outros colaboradores, ela também versou sobre outros assuntos, como acidentes no trabalho, fadiga, rotatividade dos profissionais e o efeito que as condições de trabalho exerciam sobre a produtividade dos funcionários.

Algumas das conclusões que ela trouxe foram as seguintes:

– A produtividade dos colaboradores não é determinada por sua capacidade física ou fisiológica, mas sim por normas sociais e por expectativas dos grupos.

– As ações e reações dos colaboradores não se dão de maneira individual, mas sim com eles assumindo a posição de membros de grupos.

– A motivação dos colaboradores está norteada por seu reconhecimento, pela aprovação social e também por sua participação em atividades dos grupos sociais em que convivem, não apenas por incentivos salariais.

É fato que a gestão comportamental não se baseia apenas nisso, além de que este estudo já foi discutido (e refutado) posteriormente por especialistas, mas é interessante notar que análises e abordagens com foco nos comportamentos já existem há um bom tempo.

Veja também: Gestão de crises corporativos: o que é e como fazer?

Como aplicar a gestão comportamental na organização?

Por ser um conceito disruptivo e que vai contra o que é praticado em boa parte do mercado, nem sempre se sabe como proceder para aplicá-lo. É por isso que nós separamos as seguintes dicas, que podem ser colocadas em prática na sua empresa quando ela estiver preparada para esta mudança:

– Pense nas pessoas, não apenas em suas competências. A correria e a competitividade do mundo corporativo podem fazer com que nos esqueçamos de que, além de currículos, formações e experiências anteriores, temos ali pessoas, com sentimentos, esperanças e expectativas. Lembrar-se disso é um dos primeiros passos para mudar a forma de gestão.

– Coloque-se no lugar dos outros profissionais. A empatia é uma soft skill que pode te permitir enxergar as soft skills de outras pessoas. Ponha-se no lugar delas, o que tende a ajudar bastante na tomada de decisões melhores e pautadas na humanidade.

– Esteja disposto a ouvir. Cada pessoa tem o seu papel na empresa, mas independentemente de qual seja sua posição hierárquica, é importante que ela tenha a possibilidade de falar (e que saiba disso). Mostrar-se aberto a ouvir os outros é algo que pode iniciar a construção de bons relacionamentos profissionais.

– Tente avaliar o comportamento nos processos de recrutamento e seleção. Além de aplicar os conhecimentos da gestão comportamental na organização e em seus colaboradores atuais, lembre-se da importância de analisar tais características quando for contratar alguém. Olhe a pessoa que está além do currículo e descubra grandes (e positivas) surpresas.

Vale a pena aplicar a gestão comportamental na organização?

Sim! Ainda que sua empresa não aplique a gestão comportamental de maneira integral, tente fazer com que o conceito comece a ser assimilado o quanto antes.

A partir do momento que se preza mais pelas relações humanas, pelas emoções e pelos comportamentos, a empresa pode obter ótimos resultados organizacionais, produtivos e até financeiros. Afinal, mesmo em meio a tantos números, tarefas e índices de avaliação, ainda somos pessoas lidando com pessoas!

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